quarta-feira, 25 de abril de 2012

  

Clique na imagem para acessar nossa página no facebook.


Apresentação


O Encontro Internacional Fronteiras, História e Identidades pretende contribuir para uma reflexão ampla sobre as múltiplas experiências sociais construídas em diversas regiões de fronteira, sobretudo no espaço amazônico, o que possibilita o diálogo acadêmico com pesquisadores brasileiros e de países amazônicos vizinhos, como também com aqueles que atuam em instituições não-amazônicas. Além das pesquisas mais voltadas para os estudos fronteiriços, seja em sua dimensão cultural como em sua dimensão política e econômica, o Encontro Internacional abrirá também espaço para o debate teórico sobre o tema da fronteira que vêm sendo travado e produzido por pesquisadores de diferentes instituições brasileiras e estrangeiras. Busca-se, assim, romper com uma leitura excessivamente “regionalista” da sociedade nortista, enfatizando, em contraposição, os nexos da região com o restante do continente, assim como a realização de comparações entre a Amazônia e outras zonas de fronteira da América do Sul, tanto numa perspectiva empírica quanto teórica do problema.
Algumas dessas questões, tão prementes para a região Norte do Brasil, se mostram igualmente relevantes para os demais países vizinhos, tais como as zonas andino-amazônicas de Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia, assim como a fronteira caraibo-amazônica da Guiana, Suriname e Guiana Francesa. A larga faixa fronteiriça da Amazônia brasileira com os espaços amazônicos vizinhos permite, além do mais, um intercâmbio econômico, cultural e político constante, fazendo com que problemas e questões pensados como “nacionais” sejam, na verdade, compartilhadas e influenciadas pelos países vizinhos.
Esse diálogo amplo mostra-se viável, em primeiro lugar, pelo próprio perfil dos membros do Grupo de Pesquisa “Sociedade, Trabalho e Política em Áreas de Fronteira”, cadastrado no Diretório de Grupos de Pesquisas do CNPq a partir da Universidade Federal do Pará/Campus Universitário de Bragança. O GP é formado por docentes e investigadores ligados a diferentes instituições do país, profissionais que pesquisam não apenas a Amazônia brasileira, mas também as interações nas fronteiras internacionais da região, bem como de outras áreas sul-americanas de fronteira, notadamente aquelas relacionadas à grande área de influência da bacia platina.